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INTRODUÇÃO

Com o cenário econômico que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos, fica difícil não parar e imaginar a situação financeira do país e o que poderia ser melhorado se o brasileiro tivesse um pouco de conhecimento a respeito de como investir e gastar seu dinheiro de forma mais controlada, visando evitar endividamentos futuros.

A instabilidade econômica e as mudanças no processo de nossa moeda, oito vezes em 52 anos, da criação do Cruzeiro em 1942 até a chegada do Real em 1994, instigou os brasileiros a comprar, não se preocupando com o endividamento que o gasto descontrolado poderia causar para este investidor.

Ao trabalhar a Educação Financeira na escola o aluno poderá aprender a desenvolver atitudes para saberem administrar melhor o seu dinheiro, evitando desperdícios.

A Educação Financeira vem ser um elo entre várias áreas do conhecimento, no sentido de fazer com que trabalhem juntas e formem na epistemologia do aluno conceitos capazes de instrumentalizá-lo para a construção de sua autonomia. (STHEPANI, 2005, p.12).

Vários países já abordam a Educação Financeira como algo a ser trabalhado nas escolas, entretanto, no Brasil esse tema ainda é recente, tendo em vista que começou a ser debatido na década dos anos 90 (SANTOS, 2017).

É importante abordar a temática da Educação Financeira desde os anos iniciais, tendo em vista, que não existe nenhuma regulamentação em lei para tal abordagem nas escolas. O único documento que ainda aborda de maneira geral é o PCN, quando menciona os Temas Transversais, tendo como conteúdo Trabalho e Consumo

Partindo do princípio que a escola é a base para a formação de uma pessoa e que a mesma deve está conectada a realidade fora da sala de aula e um deste aspecto se relaciona com a Educação Financeira. Alguns estudos mostram a importância de se trabalhar com Educação Financeira (E. F.) logo nos anos iniciais, esta relacionada ao princípio que o aluno/estudante vai amadurecendo no decorrer do tempo, a sua compreensão sobre a melhor forma de investir os seus recursos financeiros até chegar à fase adulta. Como bem sabemos a criança é cercada em seu dia a dia com várias situações que envolvem dinheiro, seja, no lanche da escola, num valor de um brinquedo ou até mesmo no dinheiro dado para mesada, situações estas, que podem servir como embasamento para que o educador possa desenvolver trabalhos em sala de aula que possibilitem a percepção e entendimento do aluno sobre que estratégias utilizar dentro da Educação Financeira para a aquisição desses bens de consumo.

Sabemos que para trabalhar determinado conteúdo em sala de aula, é preciso que haja professores preparados, entretanto, em relação ao tema abordado, muitos dos docentes atuantes em sala de aula desconhecem como trabalhar a Educação Financeira em sala, ou por não entender do tema ou por falta de formação direcionada para o mesmo (OLIVEIRA; STEIN, 2015).

Vale destacar, que apesar de não haver nada direcionado para se trabalhar a Educação Financeira nos anos iniciais, Santos (2017) em seu estudo em relação à análise livro didáticos dos anos iniciais, revela que algumas coleções trabalham com o contexto educação financeira, algumas não explicitamente, e que a concentração de atividades se apresenta com maior frequência nos dois últimos volumes das coleções (4° e 5° anos). Então como o docente deve abordar tal temática em sala de aula?