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1 | INTRODUÇÃO

Uma das preocupações dos cursos de licenciaturas está na formação de professores que além de capacitados para atuarem na área de formação também sejam conhecedores e capazes de lidar com as ferramentas e suportes tecnológicos e/ ou digitais. Vivemos tempos “líquidos” (BAUMAN, 2001) onde o que hoje é moderno e amanhã se torna obsoleto, além do fato de que nossos alunos em sua grande maioria fazem parte da geração dos nativos digitais, o que faz com que os docentes dialoguem com as ferramentas e suportes na sua prática de ensinar seja ela em sala de aula física ou virtual.

Sabendo desses preceitos, tomamos como base o Plano Nacional de Graduação de 1999 (PNG) sobre a era das tecnologias digitais:

Vivendo na era da sociedade tecnológica, torna-se necessário rever as formas de pensar, sentir e atuar sobre essa realidade, que não se apresenta de modo linear, num continuum de causa e efeito, mas, de modo plural, numa multiplicidade e complexidade inscritas em redes e conexões, ampliando nossa inserção no mundo (PNG, 1999, p. 6).

Assim como o papel das Instituições Superiores com relação à inclusão das tecnologias digitais na formação dos estudantes:

Do ponto de vista da Graduação, em particular, a formação para o exercício de uma profissão em uma era de rápidas, constantes e profundas mudanças requer, necessariamente, atenta consideração por parte da universidade. A decorrência normal deste processo parece ser a adoção de nova abordagem, de modo a ensejar aos egressos a capacidade de investigação e a de “aprender a aprender”. Este objetivo exige o domínio dos modos de produção do saber na respectiva área, de modo a criar as condições necessárias para o permanente processo de educação continuada (PNG, 1999, p. 5).

Do mesmo modo, o Art. 43 da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 (LDB) institui sobre as finalidades da Educação Superior sendo o parágrafo II o essencial para o presente trabalho que é o de “formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua” (LDB, 1996, p. 20).

Para fazer cumprir o que é proposto pelo PGN (1999) e pela LDB (1996) traçou-se como objetivo geral capacitar o futuro docente para lidar com as novas tecnologias digitais a fim de que ele em sua prática faça uso das inúmeras ferramentas ofertadas pelas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) ao ensinar a língua de sua formação. Como objetivos específicos delimitamos:

  • Formar professores que saibam explorar todas as potencialidades dos textos através da multiculturalidade - como o conhecimento social, linguístico e cultural;
  • Mostrar ao licenciando a possibilidade de produzir textos com diferentes gêneros textuais através da multimodalidade e dos multiletramentos;
  • E fazer uso desses recursos como ferramentas pedagógicas para expressar-se tanto na língua escrita como nas outras competências comunicativas: falar, ler e ouvir.

Para sustentar a proposta buscou-se fundamentação teórica em Rojo (2013), Cani; Coscarelli (2016) e outros.