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5 | FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA PARA A UTILIZAÇÃO DE TDIC

A formação continuada dos PEB que já lecionam também é muito importante. Uma parcela significativa deles concluiu Licenciaturas em épocas nas quais conteúdos teóricos e/ou práticos referentes às tecnologias educacionais não eram abordados. Além disso, vários professores graduados nos últimos anos podem ter vivenciado currículos excessivamente teóricos, com pouca ou nenhuma prática de utilização de TDIC.

Para muitos professores, pode ser necessário promover uma verdadeira inclusão digital, nos termos de Pischetola (2016) corroborados por Ribeiro, Oliveira e Mill (2013). Segundo os autores, sujeitos incluídos digitalmente passaram por processos de alfabetização e letramento digitais. Não basta apenas conhecer e saber utilizar TDIC. É importante também desenvolver alternativas de utilização que favoreçam o ensino e a aprendizagem de forma significativa.

Ainda conforme Pischetola (2016), professores incluídos digitalmente são capazes de aprender em redes de colaboração, desenvolver autonomia e exercer a autoria da própria carreira profissional. Além disso, motivam-se e despertam a motivação alheia no que se refere ao ensino e à aprendizagem em tempos de cibercultura.

A experiência profissional pode apresentar demandas de utilização de TDIC, pois conflitos de interesses podem surgir no convívio entre professores imigrantes digitais com estudantes nativos digitais, conforme as proposições de Prensky (2017). O perfil das novas gerações de estudantes demanda dos PEB, neste sentido, propostas de ensino significativas e que podem basear-se na linguagem das TDIC.

Considerando-se ideias de Imbernón (2011) e Perrenoud (2000), algumas ações podem desenvolver competências didático-pedagógicas em nível de formação continuada dos PEB. Pesquisas científicas em cursos de Especialização, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado permitem o contato com teorias críticas sobre metodologias ativas baseadas em TDIC. Estagiários de Licenciaturas poderão desenvolver intervenções com utilização de tecnologias educacionais e, assim, apresentar inovações aos docentes que já atuam nas escolas.

Nas reuniões pedagógicas, pode ocorrer a socialização de experiências desenvolvidas por docentes que já atuam com o auxílio de TDIC. A análise e a discussão coletiva de propostas favorecem a criarão de um repertório de ação capaz de motivar o desenvolvimento de competências didático-pedagógicas para utilizar as tecnologias. Neste processo, beneficiam-se tanto os docentes que já utilizam TDIC quanto aqueles que ainda não experimentaram esta possibilidade.

Uma experiência interessante seria convidar estudantes de Educação Básica para capacitar os PEB. A proximidade entre esses atores poderia favorecer o surgimento de propostas significativas tanto para discentes quanto para docentes. Professores e pesquisadores de Instituições de Ensino Superior também poderiam, em ações de extensão universitária, oferecer capacitação aos PEB. Estes também podem propor sugestões de formação continuada de acordo com as necessidades que percebem no cotidiano do trabalho docente.