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CONCLUSÃO

Os livros didáticos são ainda uma das principais ferramentas do processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas brasileiras, o que justifica a necessidade de um olhar crítico e bem fundamento para sua análise.

Na reflexão proposta percebeu-se nitidamente que os livros analisados possuem nuances muitas vezes ignoradas pelos professores que os utilizam. Detectar os problemas de compreensão vivenciados pelos estudantes no manuseio do livro se torna relevante quando se assume que o livro didático não é apenas para o professor, mas também para o aluno.

Na reflexão proposta percebeu-se nitidamente que os livros analisados possuem nuances muitas vezes ignoradas pelos professores que os utilizam. Detectar os problemas de compreensão vivenciados pelos estudantes no manuseio do livro se torna relevante quando se assume que o livro didático não é apenas para o professor, mas também para o aluno.

É necessário optar por livros didáticos que sirvam de apoio aos estudantes e não somente aqueles livros que tem mais exercícios e que resumidamente apresentam os conceitos e resolução das questões. Esse inclusive, foi outro aspecto observado: a seção de exercícios comentados/resolvidos é geralmente, constituída de atividades com um grau de dificuldade leve, enquanto que os exercícios propostos para resolução autônoma se caracterizam por um grau de dificuldade variando de moderada a avançada.

Observou-se também nestes livros didáticos,que ao tratar do conteúdo de Eletrodinâmica, em geral os assuntos são essencialmente dedutivos, introduzem os assuntos inicialmente a partir dos conceitos gerais da eletrodinâmica, em seguida, são explicados os conceitos de corrente e de circuito elétrico e seus tipos. Só então, a apresentação do conteúdo é direcionada às leis intrínsecas e consequentemente para as fórmulas matemáticas que as representam. Os textos são recheados de figuras e imagens ilustrativas, além de exemplos práticos dos conceitos abordados.

Nos três livros observados podemos verificar alguns dos obstáculos epistemológicos de Bachelard, que podem dificultar o aprendizado, causando uma má interpretação pelos alunos, pois estão repletos de uso de metáforas e analogias, distanciando o aluno do conhecimento cientifico quando se instrumentaliza o assunto e apresenta-o de forma pronta e acabada. Tratando-se de uma experiência primeira onde não há um aprofundamento e não permite uma problematização que gera um conhecimento geral advindo do senso comum.

E importante salientar que as imagens ajudam a motivar os alunos e incentivar em outras leituras, desde que não se dificulte o pensamento abstrato. Tais recursos didáticos acabam, muitas vezes, obstruindo a passagem do aluno de um conhecimento geral para um conhecimento científico por conta dos obstáculos vivenciados no manuseio do livro didático.