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3 | ALGUMAS CONSIDERAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS

Para professores de línguas do Ensino Superior, propiciar a seus alunos o contato com falantes da língua estrangeira é, muitas das vezes, bastante difícil. Neste sentido, tendo em vista que para O’Dowd (2006) as tecnologias online podem favorecer referido contato, mostramos a seguir como pretendemos, no semestre seguinte, aplicar atividades telecolaborativas em aulas do Ensino Superior.

Conforme O’Dowd e Lewis (2016), um dos níveis para integração da telecolaboração do Ensino Superior é chamado de “integração na sala de aula”, em que as atividades são integradas no programa do curso e os alunos recebem créditos de participação. Por conseguinte, nos próximos semestres, pretendemos desenvolver atividades telecolaborativas nos cursos de Comércio Exterior e Ciência da Computação na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Cientes de que “ao mover-se de uma cultura para outra o aprendiz de línguas se transforma num ‘aprendiz intercultural’, e, como tal, necessitará de uma abordagem intercultural em seu aprendizado” (HANNA, 2015, p. 2), nossa ênfase recairá não só no desenvolvimento linguístico, mas também na promoção do entendimento intercultural.

Selecionamos tais cursos para desenvolvimento dessas atividades porque um dos autores deste trabalho faz parte do quadro de professores da universidade mencionada, dada a possibilidade real de implementação de atividades telecolaborativas. De tal modo, articularemos uma disciplina de cada curso, de modalidade presencial, com atividades telecolaborativas. Algumas dessas atividades serão realizadas em sala e outras em momentos extraclasse. Existem duas possibilidades para implementação das atividades com o objetivo de promover o contato entre os alunos da universidade brasileira e os de universidades estrangeiras: 1) através da utilização do Skype, como o faz o TTB, descrito anteriormente, e/ou; 2) através da utilização de websites como o The Evaluate Project ou o Schoology, plataformas que permitem práticas telecolaborativas com universidades em várias partes do mundo.

Em suma, quando do surgimento da parceria telecolaborativa, temos a intenção de coletar dados das diferentes atividades telecolaborativas. Além disso, pretendemos divulgar, em forma de artigos, capítulos de livros e apresentações, estudos que abordem a promoção do entendimento intercultural dos aprendizes de língua estrangeira nesses espaços telecolaborativos.